Boa madrugada gente bela! =)
Sabem, ainda não consegui algo palpável aos olhos para falar sobre o show da Grande. Portanto, publicarei outra coisa. Até que meus dedos encontrem algo para definir o encontro com MARIA BETHÂNIA.
Por hoje, falarei de outro encontro. O encontro com a Gruta. A gruta interior que há em nós. Essa (talvez) seja a minha. Espero que de alguma forma vocês se encontrem e se percam dentro das suas grutas e dentro da minha gruta.
Lembrando-os que nada aqui é pretensioso. Só quero ser. E quero que vocês sejam, pois aqui NÓS PODEMOS SER!
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses. (Sócrates)
Mãos a obra senhores:
Por hoje, falarei de outro encontro. O encontro com a Gruta. A gruta interior que há em nós. Essa (talvez) seja a minha. Espero que de alguma forma vocês se encontrem e se percam dentro das suas grutas e dentro da minha gruta.
Lembrando-os que nada aqui é pretensioso. Só quero ser. E quero que vocês sejam, pois aqui NÓS PODEMOS SER!
Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses. (Sócrates)
Mãos a obra senhores:
A GRUTA
Perder-me nessa gruta silenciosa diferencia-me das criaturas que apenas vivem.
Ela me cala perante a sua nebulosa e escura face. Face negra em contraste com o branco pálido.
Quando quebro a máscara que me retém, que me faz ser vista nos olhos dos demais, deparo com essa gruta. Obscura, tempestuosa, lacrimosa, sangrenta e sonhadora gruta.
É ela quem me faz. Não a simbólica máscara bela.
É então, que me quebro em pedaços, para saber em quantos pedaços se faz alguém como eu.
Nada descubro. Somente o escuro. E para se ver no escuro, é preciso fechar os olhos.
A gruta é infinda; cheia de labirintos que nos leva a mais assustadora descoberta.
Surge-se o susto de viver. Surge-se o susto de ser eu.
Às vezes não quero voltar, quero ficar dentro dela, pois me perder nela significa encontrar comigo.
É um duro, denso, intenso e escuro encontro. Mas é ele quem me dignifica.
Quando sinto vontade de abortar o meu caminho, adentro a gruta, é quando ela me pega pelas mãos (que é, juntamente com os olhos, a parte do meu corpo que pensa) e me mostra os deuses. Quando os vejo dentro dela, perco a coragem dessa vontade, pois não ousaria modificar os seus (bobos) desígnios. E acabo por abortá-lo dias, há dias.
Os nossos encontros sangram como a menstruação da lua. Machuca como a navalha do medo. Assusta como o nascer. Porém, enobrece como o doce e rotineiro amanhecer.
As diversas criaturas que há em mim, são soltas quando entro em contato com a gruta. Elas se alegram e gritam como lobos famintos devorando a ovelha.
As ovelhas que sobram, voltam a viver na máscara.
A gruta maltrata, sim. Mas sem ela acharia que teria fim. E o fim nos faz crer que acabou. Ela não me permite isso, quando estamos juntas, percebo o eco, e ele é eterno.
São encontros que me deixam exaurida, me cansa os olhos, tomam a minha voz, comem minha respiração, bebem do meu odor, saboreiam o meu cheiro e que por fim me enchem de perguntas que me fazem viver para obter respostas.
Talvez a gruta seja uma deusa (cada um tem uma deusa dentro de si, sendo assim), pois é ela quem me salva. E tem o mesmo veneno e quentura materna; coisas de deusas.
Ao revirar da minha consciência para dentro do meu corpo, do meu espírito, encontro a gruta. Ela não sorri muito, mas percebe-se o brilho em seus olhos a me ver chegar. Nunca puxa uma cadeira para eu sentar, ela tem o propósito de fazer com que o encontro seja desconfortável, porém quente. Dá-me um líquido amargo para eu beber, chamado lágrimas. E um pote de doce chamado coragem.
Ela, toda imponente, senta-se no chão e me manda permanecer de pé.
Mostra-me a minha face escura, e os labirintos que há nela. Por vezes, sinto muito medo e tenho vontade de voltar. Mas a silenciosa gruta é amiga, e sempre me traz de volta, por mais que ela queira que eu permaneça lá.
Eu me perco dentro dela, em todos os nossos encontros. E tenho muito medo de me achar. E vivo nesse conflito do medo de me perder e do medo de me encontrar.
Quando saio da gruta, saio sensibilizada com os caminhos, perco a vontade de abortá-lo. Sinto prazer em meu odor e repudio o meu cheiro. Passo a gostar do escuro e a preservar a luz. Eu me torno o seu prosélito. Ela se torna a minha pastora.
Conseqüentemente, isso é promulgado. Os mais sensíveis percebem que com ela eu me encontrei, que com ela eu me perdi.Ela é o infinito que me fará eterna.
Perder-me nessa gruta silenciosa diferencia-me das criaturas que apenas vivem.
Ela me cala perante a sua nebulosa e escura face. Face negra em contraste com o branco pálido.
Quando quebro a máscara que me retém, que me faz ser vista nos olhos dos demais, deparo com essa gruta. Obscura, tempestuosa, lacrimosa, sangrenta e sonhadora gruta.
É ela quem me faz. Não a simbólica máscara bela.
É então, que me quebro em pedaços, para saber em quantos pedaços se faz alguém como eu.
Nada descubro. Somente o escuro. E para se ver no escuro, é preciso fechar os olhos.
A gruta é infinda; cheia de labirintos que nos leva a mais assustadora descoberta.
Surge-se o susto de viver. Surge-se o susto de ser eu.
Às vezes não quero voltar, quero ficar dentro dela, pois me perder nela significa encontrar comigo.
É um duro, denso, intenso e escuro encontro. Mas é ele quem me dignifica.
Quando sinto vontade de abortar o meu caminho, adentro a gruta, é quando ela me pega pelas mãos (que é, juntamente com os olhos, a parte do meu corpo que pensa) e me mostra os deuses. Quando os vejo dentro dela, perco a coragem dessa vontade, pois não ousaria modificar os seus (bobos) desígnios. E acabo por abortá-lo dias, há dias.
Os nossos encontros sangram como a menstruação da lua. Machuca como a navalha do medo. Assusta como o nascer. Porém, enobrece como o doce e rotineiro amanhecer.
As diversas criaturas que há em mim, são soltas quando entro em contato com a gruta. Elas se alegram e gritam como lobos famintos devorando a ovelha.
As ovelhas que sobram, voltam a viver na máscara.
A gruta maltrata, sim. Mas sem ela acharia que teria fim. E o fim nos faz crer que acabou. Ela não me permite isso, quando estamos juntas, percebo o eco, e ele é eterno.
São encontros que me deixam exaurida, me cansa os olhos, tomam a minha voz, comem minha respiração, bebem do meu odor, saboreiam o meu cheiro e que por fim me enchem de perguntas que me fazem viver para obter respostas.
Talvez a gruta seja uma deusa (cada um tem uma deusa dentro de si, sendo assim), pois é ela quem me salva. E tem o mesmo veneno e quentura materna; coisas de deusas.
Ao revirar da minha consciência para dentro do meu corpo, do meu espírito, encontro a gruta. Ela não sorri muito, mas percebe-se o brilho em seus olhos a me ver chegar. Nunca puxa uma cadeira para eu sentar, ela tem o propósito de fazer com que o encontro seja desconfortável, porém quente. Dá-me um líquido amargo para eu beber, chamado lágrimas. E um pote de doce chamado coragem.
Ela, toda imponente, senta-se no chão e me manda permanecer de pé.
Mostra-me a minha face escura, e os labirintos que há nela. Por vezes, sinto muito medo e tenho vontade de voltar. Mas a silenciosa gruta é amiga, e sempre me traz de volta, por mais que ela queira que eu permaneça lá.
Eu me perco dentro dela, em todos os nossos encontros. E tenho muito medo de me achar. E vivo nesse conflito do medo de me perder e do medo de me encontrar.
Quando saio da gruta, saio sensibilizada com os caminhos, perco a vontade de abortá-lo. Sinto prazer em meu odor e repudio o meu cheiro. Passo a gostar do escuro e a preservar a luz. Eu me torno o seu prosélito. Ela se torna a minha pastora.
Conseqüentemente, isso é promulgado. Os mais sensíveis percebem que com ela eu me encontrei, que com ela eu me perdi.Ela é o infinito que me fará eterna.
Daniella Paula
Essa uma exaustão de alma. Como já disse por aqui, não espero a compreensão, isso é demasiado para mim. Busco apenas ser amada, com essa gruta, com esse palco, com essa peça. =)
Relembro as palavras belas de Josemaría Escrivá, que nos diz: O conhecimento próprio leva-nos como que pela mão à humildade.
O agradecimento de hoje vai à VIDA. Que veio hoje com o nome de: Gustavo! Meu lindo sobrinho. Que eu infinitamente já amo. Deus abençoe seus passos na Terra e os seus olhos no mundo.
Obrigada a todos vocês que deixam estrelar os mais belos sentimentos no meu céu.
Com carinho: Dani.