Que saudade disso aqui!
Estive em Recife. Meu Deus! O que é aquilo? Não sei descrever. Talvez meus olhos saibam. Quem olhar para eles, quando eu disser a palavra: Recife! Compreenderá.
Nem saberei descrever tudo que lá vivi, todos que lá conheci, todos e tudo que lá deixei e que na mais doce lembrança veio comigo.
Sinto tanto saudade!
“Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios.”
Dona Sophia (Sophia de Mello Breyner) tem a melhor definição sobre essa saudade:
"Num deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua, por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é mais profunda que a tua!"
Tentei fazer algo, com uma literatura um tanto sem base, simplória, inofensiva, modesta, vã e que não chega nem na mais vaga idéia de grandeza e beleza de Recife; para tentar explicar, tão belo e tão forte foi o que lá vivi e senti. Não espero a compreensão, é muito para mim, não mereço tanto. Porém, espero que vocês sintam, pelo menos, umas cócegas nos olhos, uma faísca de luz recifense no coração.
Vamos até Recife:
O meu Amado Recife!
As ondas que deixam suas mensagens poéticas na areia.
O céu azul que se finda dentro de nós, mas que se infinita no seu leito eterno.
As ruas loucas de pensamentos tontos, embriagadas pelo cheiro da maresia.
As longas e árduas ladeiras, fazendo o seu barroco faiscar-se.
A voz negra das esquinas, que canta o eco do estomago.
A pisada das danças que fazem cintilar a beleza dramática do coexistir.
As morenas, as negritas, as azuladas, as negras ouriçadas colam seus corpos esculturais no corpo das esculturas locais. Tornando-as uma só.
A arte crente, orgástica, que nos mostra o talento infindável dos seus filhos prodígios.
Os seus poetas célebres, os seus poetas andarilhos, sua literatura de cordel, seus dedos mágicos, tudo o torna o depósito de pensamentos humanos.
O rio ao lado do mar, o mar ao lado do rio e eu sorrio, porque sobre isso, só o singelo sorriso sabe explicar.
Os vendedores ambulantes que se tornam amantes dos becos e dos mares.
A brisa doce, com gosto de mungunzá e suco cajá.
O vento que dilacera a alma, e que em nenhum outro lugar há de ventar.
O Capibaribe e o Beberibe que o corta, deixando-o em estilhaços de água lacrimais e inebriante de luz.
Seu povo honroso, sua brasília teimosa; seus órgãos sujos, em contraste com seus poros imaculados.
Brennand e sua floresta, seu oxóssi de mistério, sua mente de luxúria, suas mãos de loucura, encantam a cidade, desvirginada pelo seu sexual puro.
Os inteligentes navios ancorados. Os sábios pescadores descansados.
E o mar...
Ah, o mar!
Ele que nos quebra com seu aconchegante abraço; que nos dá rasteira com suas coxas grossas; que nos ama com seu órgão quente; que nos beija com sua boca salgada; que sussurra ao “pé” dos nossos ouvidos sua louca e inconstante música; que entranha suas entranhas em nossas entranhas; que faz da sua calma um estardalhaço; que pinta em seu céu sua obra de arte azul nostálgica; que declama na areia suas poesias falácias; que limpa nossas diversas almas e arrebata nosso frágil espírito.
Ele. Ele único e soberano, perto de nós, frágeis mutantes.
O homem grande, a mulher gigante. O deus Posêidon, a deusa Iemanjá. Ambos se incorporam e tornam um só: O mar, o mar.
E pode haver outros mares, mas nenhum igual ao de lá.
Vivo a imaginar, o dia em que poderei voltar a ficar no seu corpo colada, como o baobá enraizado na sua terra.
Nem saberei descrever tudo que lá vivi, todos que lá conheci, todos e tudo que lá deixei e que na mais doce lembrança veio comigo.
Sinto tanto saudade!
“Saudade são águas passadas que se acumulam em nossos corações, inundam nossos pensamentos, transbordam por nossos olhos, deslizam em gotículas de lembranças que por fim, morrem na realidade de nossos lábios.”
Dona Sophia (Sophia de Mello Breyner) tem a melhor definição sobre essa saudade:
"Num deserto sem água, numa noite sem lua, numa terra nua, por maior que seja o desespero, nenhuma ausência é mais profunda que a tua!"
Tentei fazer algo, com uma literatura um tanto sem base, simplória, inofensiva, modesta, vã e que não chega nem na mais vaga idéia de grandeza e beleza de Recife; para tentar explicar, tão belo e tão forte foi o que lá vivi e senti. Não espero a compreensão, é muito para mim, não mereço tanto. Porém, espero que vocês sintam, pelo menos, umas cócegas nos olhos, uma faísca de luz recifense no coração.
Vamos até Recife:
O meu Amado Recife!
As ondas que deixam suas mensagens poéticas na areia.
O céu azul que se finda dentro de nós, mas que se infinita no seu leito eterno.
As ruas loucas de pensamentos tontos, embriagadas pelo cheiro da maresia.
As longas e árduas ladeiras, fazendo o seu barroco faiscar-se.
A voz negra das esquinas, que canta o eco do estomago.
A pisada das danças que fazem cintilar a beleza dramática do coexistir.
As morenas, as negritas, as azuladas, as negras ouriçadas colam seus corpos esculturais no corpo das esculturas locais. Tornando-as uma só.
A arte crente, orgástica, que nos mostra o talento infindável dos seus filhos prodígios.
Os seus poetas célebres, os seus poetas andarilhos, sua literatura de cordel, seus dedos mágicos, tudo o torna o depósito de pensamentos humanos.
O rio ao lado do mar, o mar ao lado do rio e eu sorrio, porque sobre isso, só o singelo sorriso sabe explicar.
Os vendedores ambulantes que se tornam amantes dos becos e dos mares.
A brisa doce, com gosto de mungunzá e suco cajá.
O vento que dilacera a alma, e que em nenhum outro lugar há de ventar.
O Capibaribe e o Beberibe que o corta, deixando-o em estilhaços de água lacrimais e inebriante de luz.
Seu povo honroso, sua brasília teimosa; seus órgãos sujos, em contraste com seus poros imaculados.
Brennand e sua floresta, seu oxóssi de mistério, sua mente de luxúria, suas mãos de loucura, encantam a cidade, desvirginada pelo seu sexual puro.
Os inteligentes navios ancorados. Os sábios pescadores descansados.
E o mar...
Ah, o mar!
Ele que nos quebra com seu aconchegante abraço; que nos dá rasteira com suas coxas grossas; que nos ama com seu órgão quente; que nos beija com sua boca salgada; que sussurra ao “pé” dos nossos ouvidos sua louca e inconstante música; que entranha suas entranhas em nossas entranhas; que faz da sua calma um estardalhaço; que pinta em seu céu sua obra de arte azul nostálgica; que declama na areia suas poesias falácias; que limpa nossas diversas almas e arrebata nosso frágil espírito.
Ele. Ele único e soberano, perto de nós, frágeis mutantes.
O homem grande, a mulher gigante. O deus Posêidon, a deusa Iemanjá. Ambos se incorporam e tornam um só: O mar, o mar.
E pode haver outros mares, mas nenhum igual ao de lá.
Vivo a imaginar, o dia em que poderei voltar a ficar no seu corpo colada, como o baobá enraizado na sua terra.
Daniella Paula
Depois que voltei, escrevo todos os dias. Gostaria de postar tudo aqui, mas é pretensão demais. E vocês enjoariam de tanto amor ao mar, a Recife, às ondas, às ruas, às pontes, às pessoas...
Obrigada pelo carinho aconchegante de todos. Depois, postarei sobre o GRANDE SHOW DE MARIA BETHÂNIA - Minha Primavera maior.
E os agradecimentos de hoje irão, primeiramente, a Recife, essa cidade contaminada de luz e expressão.
Depois a minha amada Jô, que foi uma mãe, uma amiga, uma companheira, uma amante de Bethânia (com ela deu pra dividir...rsrs), uma faísca de engrandecimento, um turbilhão de amor. Depois a Orelly, que acima de tudo foi um forte e intenso pai. Foi, é e será para sempre. Sem palavras para definir o quanto me ajudou. Mesmo calado. A Neili e ao Cláudio, que foram fantásticos em tudo. Na companhia, nas loucuras, nas percas, no quarto, nos cafés da manhã (apesar de eu sempre acordar mais tarde e eles já terem tomado...rsrs), nas andanças, na compreensão das diferenças, nos meus delírios e escândalos. Vocês são divinos! A Lúcia, que além de linda, é uma carinhosa anfítriã, uma guerreira sorridente. Talvez eu não tenha me dedicado à ela, como ela merecia, peço sinceras desculpas, mas é que lá não tinha razão, apenas êxtase de emoção por tudo. A querida Genita, que apesar de estar somente um dia com ela, foi o dia. Me acolheu como uma roupa quente em dias de inverno, me proporcinou o mais nobre carinho. E enfim, para fechar com chaves de ouro... Ângela! Simplesmente, minha anja. Em todos os instantes. Obrigada por TUDO!
Obrigada a cada um que passou por mim, que me sorrio, que me abraçou com verdade, que apertou a minha mão, que me olhou com atenção, que me dirigiu palavras tão calorosas. Foram muitos!
À Bethânia é amanhã, ou depois. Porque ainda não me recuperei. =)
Um beijo do tamanho do mar, com a beleza de Olinda, cheio de luz como o Recife.
Dani.
6 comentários:
Você é incrível! Simplesmente, incrível!
Menina bonita!!!! como pode ser tão jovem, e escrever tão bem??? como pode ser tão carinhosamnte linda?????
Obrigada pelas lindas palavras a mim dedicadas; espero que tenha mesmo lhe feito um pouquinho feliz;obrigada pelos elogios à minha cidade....e volte sempre; e, quando voltar, me procure....beijos no coração!!!!
MEU CORAÇAOZINHO, VOCÊ É MARAVILHOSA E VAI SEMPRE CONSEGUIR O QUE QUISER...
RECIFE... FOI SO UM APERITIVO...
AINDA TEM MUITO MAIS A CONHECER..
GARANTO QUE FICOU EM SUA MEMORIA GRANDE BELEZA..(RECIFE LINDA..) E NAO É SO VOCÊ QUE VAI SENTIR SAUDADES NAO VIU, RECIFE JÁ ESTA SENTINDO FALTA DE UMA PESSOA MARAVILHOSA E ENCANTADORA COMO TI. TODOS NÓS PRECISAMOS DE VC!! TIM AMUUUU.... MANINHA DO CORAÇÃO...
EU TE ADORO IRMÃZINHA...
Você consegue se expressar de uma maneira tão intensa, que através da suas palavras é possivel sentir e imaginar o quanto é realmente belo o Seu Amado Recife.
Beijos Xi
Estou louca pra saber do show. Poeticamente como sobre Recife. A cada vez vc me surpreende mais. Que honra pra mim tê-la por perto e ainda poder ser chamada de "Nina" por vc.
Você é brilho.
Beijo... e não fique tanto tempo sem dar notícias.
E vamos nos embriagar de vinho, sorvete e risos logoo...
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