Boa Noite Meninos, Boa Noite Meninas!
Demorei, mas aqui estou.
Como hoje o dia foi cheio de multidões para mim, até agora a pouco, postarei algo mais "só". Não que seja esse meu exato estado de espírito, porém, o meu desejo de alma de ficar "cá comigo mesma". AMO o calor humano, entretanto adoro o silêncio do corpo frio. Peço que não confudam com egoísmo, pois como já dizia Pascal O egoísta odeia a solidão.
Ficarei cá, não só comigo mesma, mas na companhia deliciosa e poética de vocês.
Ficarei cá, não só comigo mesma, mas na companhia deliciosa e poética de vocês.
Aqui nós podemos ser...
Mãos a obra!
As pessoas fogem da solidão quando têm medo dos próprios pensamentos.
(E. Veríssimo)
(E. Veríssimo)
Esse primeiro poema que postarei é de minha autoria. Desalinhos... Desalinhos... Desalinhos... Grito do Inconsciente. Nada mais que isso.
E não avaliem (como se isso fosse possível) a obra pelo autor, mas sim, pelo "eu-lírico" dela.
Espero que ao menos me julguem. =)
O meu número, a minha peça.
Esse é o meu número, a minha peça.
E eu não importo com a sua opinião.
Estou aqui rasgando os meus traços, porque estou cansada da minha imagem.
No momento estou enjoada da rotina de ser eu.
Então, quero que saiba que esse é o meu número e a minha peça.
Quero que vá para um lugar distante com a sua.
Porque aqui, o cenário é só meu.
Aqui, eu posso andar nua, posso fazer minha poesia, posso declamar meus versos, amar da minha forma, não importar, e importar quando preferir.
Aqui, eu posso roubar no jogo, porque o jogo é meu. E posso enganar, e posso brincar, e sorrir, chorar, e espernear, cantar, xingar, gozar, brindar, e fazer um monte mais de verbos no infinitivo. Mas o que eu mais gosto daqui, são os verbos no imperativo.
Bata-me, xinga-me, coma-me, rasga-me, beba-me, abraça-me, beija-me, cante-me.
Esse é o meu número, a minha peça.
Eu sou a protagonista e a diretora.
Então, pouco me importa, a sua hipócrita opinião.
Estou nesse momento gritando de dor... E ao mesmo tempo sorrindo do descompasso.
Porque eu não me importo com o seu compasso.
Tudo aqui é estardalhaço!
Fique com seu cabelo arrumado, pois o meu é desorganizado, tingido e avermelhado.
Deixe-me com as minhas unhas ruídas, elas mostram a minha personalidade, e fique com as suas fragilidades.
Não julgue meu quarto, ele não está desarrumado, a “arrumação” é relativa.
Deixa-me com a minha alegria inativa.
Porque esse é o meu número, a minha peça.
Pouco me importa que você se despesa.
Vá, fique com seus amores, que eu fico com as minhas paixões.
Fique com seus perdões, e com as minhas ilusões.
Faça seus padrões que os quebro em meu palco.
Construa sua multidão;
E eu ficarei aqui, com a minha doce forma de solidão.
Porque esse é o meu número, a minha peça.
Daniella Paula.
E eu não importo com a sua opinião.
Estou aqui rasgando os meus traços, porque estou cansada da minha imagem.
No momento estou enjoada da rotina de ser eu.
Então, quero que saiba que esse é o meu número e a minha peça.
Quero que vá para um lugar distante com a sua.
Porque aqui, o cenário é só meu.
Aqui, eu posso andar nua, posso fazer minha poesia, posso declamar meus versos, amar da minha forma, não importar, e importar quando preferir.
Aqui, eu posso roubar no jogo, porque o jogo é meu. E posso enganar, e posso brincar, e sorrir, chorar, e espernear, cantar, xingar, gozar, brindar, e fazer um monte mais de verbos no infinitivo. Mas o que eu mais gosto daqui, são os verbos no imperativo.
Bata-me, xinga-me, coma-me, rasga-me, beba-me, abraça-me, beija-me, cante-me.
Esse é o meu número, a minha peça.
Eu sou a protagonista e a diretora.
Então, pouco me importa, a sua hipócrita opinião.
Estou nesse momento gritando de dor... E ao mesmo tempo sorrindo do descompasso.
Porque eu não me importo com o seu compasso.
Tudo aqui é estardalhaço!
Fique com seu cabelo arrumado, pois o meu é desorganizado, tingido e avermelhado.
Deixe-me com as minhas unhas ruídas, elas mostram a minha personalidade, e fique com as suas fragilidades.
Não julgue meu quarto, ele não está desarrumado, a “arrumação” é relativa.
Deixa-me com a minha alegria inativa.
Porque esse é o meu número, a minha peça.
Pouco me importa que você se despesa.
Vá, fique com seus amores, que eu fico com as minhas paixões.
Fique com seus perdões, e com as minhas ilusões.
Faça seus padrões que os quebro em meu palco.
Construa sua multidão;
E eu ficarei aqui, com a minha doce forma de solidão.
Porque esse é o meu número, a minha peça.
Daniella Paula.
O próximo é de uma escritora chamada Oriza Martins, chama-se "Encontro Marcado". Tenho lido coisas surpreendentes dessa Senhora. E por mais que nesse poema, ela tenta protelar o encontro com a solidão e vê o mesmo como uma penosa obrigação, ela retrata lindamente esse encontro necessário. Espero que gostem...
Quero atrasar... demorar...
A este encontro faltar.
Gostaria de adiar
O momento implacável
De um encontro já marcado
Em pouco - ou nada - amável.
Talvez o ponto final,
A derradeira parada,
Epitáfio da esperança,
De minh’alma já cansada.
Talvez um céu sem estrelas,
Quiçá um jardim sem flores,
Onde o canto se faz mudo,
Mausoléu dos meus amores.
Como viver sem sentir
O esplendor da natureza
A tortura dos amantes,
Alegrias e tristeza?
A este encontro faltar.
Gostaria de adiar
O momento implacável
De um encontro já marcado
Em pouco - ou nada - amável.
Talvez o ponto final,
A derradeira parada,
Epitáfio da esperança,
De minh’alma já cansada.
Talvez um céu sem estrelas,
Quiçá um jardim sem flores,
Onde o canto se faz mudo,
Mausoléu dos meus amores.
Como viver sem sentir
O esplendor da natureza
A tortura dos amantes,
Alegrias e tristeza?
E como passar meus dias
Distante dos beijos teus,
Sem nenhuma companhia
Amargando um adeus?
Assim, tento protelar
A penosa obrigação
De ir a este encontro...
Encontro com a... solidão.
Distante dos beijos teus,
Sem nenhuma companhia
Amargando um adeus?
Assim, tento protelar
A penosa obrigação
De ir a este encontro...
Encontro com a... solidão.
Finalizaremos com quem melhor fala por mim: Clarice Lispetor.
Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem das chuvas tempestivas
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.
Não tenho medo nem das chuvas tempestivas
nem das grandes ventanias soltas,
pois eu também sou o escuro da noite.
Obrigada! Obrigadíssima! Obrigadinha!
E os agradecimentos de hoje vão aos que fizeram da noite de ontem e de hoje, belíssimas noites: Minha irmã de alma, de fé e de espírito Neiva; minha irmã de sangue, de amor e de cumplicidade Gi; Dona Irene, meu carinho em forma de gente, meu respeito, minha admiração; ao Vítor Medeiros que nos proporcinou ontem um êxtase sagrado, através da sua sensibilidade, seus poemas e sua voz; e em especial para o dia de hoje, ao meu irmão Israel, que está a completar seus 30 anos de vida digna, honrada e forte... Muito Obrigada meu irmão por nos dar exemplos tão cheios de base por 30 anos!
Obrigada a todos vocês que me enchem de carinho, amor e alegria.
Um beijo do tamanho da lua. Agradeço a companhia.
Fiquem com Deus, ao som das asas dos anjos!
Dani.