Que falem outros do otimismo
Os sonhos se calam perante a nebulosa alma.
A vida se esvai como a calada da noite.
Os pássaros pousam e os ventos não os ajudam a voltarem a voar.
As nuvens que andam para deixar brilhar o sol, só trazem a chuva.
As crianças tornam-se frutos que as aves não querem comer.
As rosas deixam de exalar perfume e esquecem a data que têm que se abrirem.
Os homens corrompem-se.
As mulheres não se edificam.
A pedra já está em pedaços, e a água continua a derrotá-la.
Já não se vê o brilho nos olhos, a paisagem não ajuda.
Já não se vê o sorriso nos lábios, a alegria foi se aportar em outro lugar.
A amizade não transforma mais.
E o amor tornou-se cansativo.
A morte leva todos os puros e os tão queridos.
Deixando os complacentes.
Já não se recebe mais flores. As pedras vieram para substituí-las.
Os viciados encontram na sua droga, uma maneira de fugir...
Covardes eles, covardes nós.
Que falem outros do otimismo.
Daniella Paula
sábado, 28 de junho de 2008
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5 comentários:
Que orgulho!
Muito, muito bom!
Olá Daniella, espreitar na sua janela está a tornar-se um vicio agradavel.
Gosto do seu trabalho agora que explorei com mais calma.
Um abraço até esse lado do mundo
Muito Lindo!
Continue assim,nos viciando com o que há de belo, a palavra!
Beijos.
Usas a palavra com maestria...dizes humanidades com uma elegância incomum...
Doce beijo
Costumam as vulgas almas pregarem o poder de um pensamento otimista
Mas quem pode calar as inquietaćões que nos atormentam na calada da noite
Quando o mais sóbrio dos ceticismos não coercitem o que de mais animalesco cinge a alma humana?
De fato... feliz daquele que foge dos seus temores... seja de que forma for.
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