A paisagem rejeitada
A minha rústica paisagem.
Que exala meus diversos perfumes
Que nutri os mais variados gêneros e gênios
Que não é doce nem amarga, é tão somente gim.
Ela se desfaz quando não há o voraz
O voraz de almas perdidas que orientam sua trajetória.
Nela caminham os espíritos andarilhos, que não tem morada, nem estrada.
Nela se liquefazem as lágrimas das cachoeiras em protesto às angustias terrenas e o dramalhão divino.
A paisagem que sustenta as ninfas sem deuses, os anjos sem proteção, os loucos sem compreensão.
Nela não há luz; para que todos sejam estrelas.
É a progênie das sementes abortadas, dos aromas indesejados, dos fetos rejeitados.
Ela é o pulsar das contradições que dão vida a sobrevivência; os ruídos que empertigam a viver.
Essa paisagem se contrai como dores de cóleras e como a alegria sublime do susto de estar vivo.
Não se remete a ser sabiá, mas se orgulha em ser carcará.
Ela, que incorpora os santos não canonizados, e sabe que é sempre melhor ser filha da outra.
Não é a paisagem melancólica e elitista esculpida na obra de arte no canto da sala, nem tão somente o protesto dos desvalidos. É mais a inteligência do pessimismo e a vontade do otimismo, do que a banalidade do grito. Já que tudo é grito.
Ela prefere manter-se estática, como tal é uma paisagem; silenciosa e intrépida.
E que grite ao vê-la...
Os parasitos que se enclausuram.
Os hedonistas doentios.
Os tacanhos insensíveis.
As donzelas desnudas e noturnas.
Os megalomaníacos com suas Torres de Babel.
Subjetiva é a paisagem. Absoluta é sua linguagem. Rejeitada é sua utopia.
E que se afligem os que não entendem a hermenêutica da tela.
Daniella Paula
A minha rústica paisagem.
Que exala meus diversos perfumes
Que nutri os mais variados gêneros e gênios
Que não é doce nem amarga, é tão somente gim.
Ela se desfaz quando não há o voraz
O voraz de almas perdidas que orientam sua trajetória.
Nela caminham os espíritos andarilhos, que não tem morada, nem estrada.
Nela se liquefazem as lágrimas das cachoeiras em protesto às angustias terrenas e o dramalhão divino.
A paisagem que sustenta as ninfas sem deuses, os anjos sem proteção, os loucos sem compreensão.
Nela não há luz; para que todos sejam estrelas.
É a progênie das sementes abortadas, dos aromas indesejados, dos fetos rejeitados.
Ela é o pulsar das contradições que dão vida a sobrevivência; os ruídos que empertigam a viver.
Essa paisagem se contrai como dores de cóleras e como a alegria sublime do susto de estar vivo.
Não se remete a ser sabiá, mas se orgulha em ser carcará.
Ela, que incorpora os santos não canonizados, e sabe que é sempre melhor ser filha da outra.
Não é a paisagem melancólica e elitista esculpida na obra de arte no canto da sala, nem tão somente o protesto dos desvalidos. É mais a inteligência do pessimismo e a vontade do otimismo, do que a banalidade do grito. Já que tudo é grito.
Ela prefere manter-se estática, como tal é uma paisagem; silenciosa e intrépida.
E que grite ao vê-la...
Os parasitos que se enclausuram.
Os hedonistas doentios.
Os tacanhos insensíveis.
As donzelas desnudas e noturnas.
Os megalomaníacos com suas Torres de Babel.
Subjetiva é a paisagem. Absoluta é sua linguagem. Rejeitada é sua utopia.
E que se afligem os que não entendem a hermenêutica da tela.
Daniella Paula
4 comentários:
OI Daniella,nada de desculpas por demoras pos PCs ou outra coisa qualquer.Sei que me faz bem ler os sentimentos desnudados em seus trabalhos e é só por isso aqui venho espreitar.
Gosto sempre da sua visita e companhia dos comentarios deixados
Obrigado
legaal pakaas akiuee
ameei esse post
http://imensidadx3.blogspot.com
Voce se revela cada dia melhor!
Isso é MUITO MUITO BOM!
Uma verdadeira obra prima!
Criarei um blog, só de críticas literárias, para poder falar de você.
Acredite, você tem sensibilidade e talento para uma perfeita e forte escrita.
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