Tenho o lamento da ressaca dos mares
Vivo em confronto com os olhares, olhares perdidos diante do oceano.
Entro nos meus escombros, encontro-me com meus sonhos, que foram perdidos durante a viagem.
Invado as minhas lacunas e encontro os amores de outrora, prontos para florirem outros outonos. Flores murchas de outono...
Sopro os meus cabelos. Provoco os ventos.
Rodo a minha saia, viro capitu entocada.
Passeio no tempo, faço cinzas das horas.
Colho as sementes que não viraram frutos.
Recolho os estilhaços de pólvora das paixões frustradas.
Não tenho medo dos grandes raios, já que sou uma luz que cega.
Ouso amar tudo que me escapa.
Solto tudo que me prende.
Amo a liberdade como uma serpente, não como um pássaro; eles voam por não saber andar. Serpente ninguém doma, por não saber domar.
Na vida não tenho a pretensão de ensinar. Siga meus exemplos, somente os loucos que não têm medo de amar, nem do mar, nem do ar, nem de ser, nem de estar. Fujam de mim, todos os sensatos, os sociais, os imorais... Pouco me importa quem vá e quem ficará.
Nesse meu mar profundo, só há espaço para criar. Quer-se ser intocável, procure um rio para nadar.
Fuja para longe de mim, aqueles que têm medo de devorar.
Fique aqueles, cujo nome é amar e o sobrenome [do] ar.
Solto tudo que me prende.
Amo a liberdade como uma serpente, não como um pássaro; eles voam por não saber andar. Serpente ninguém doma, por não saber domar.
Na vida não tenho a pretensão de ensinar. Siga meus exemplos, somente os loucos que não têm medo de amar, nem do mar, nem do ar, nem de ser, nem de estar. Fujam de mim, todos os sensatos, os sociais, os imorais... Pouco me importa quem vá e quem ficará.
Nesse meu mar profundo, só há espaço para criar. Quer-se ser intocável, procure um rio para nadar.
Fuja para longe de mim, aqueles que têm medo de devorar.
Fique aqueles, cujo nome é amar e o sobrenome [do] ar.
Daniella Paula
8 comentários:
A ânsia de liberdade neste texto está expressa como nunca! Muito bonito.
Um beijo.
Olhares de viajante ...
a sair do ninho as asas dos passarinhos abrem-se lentamente e aprendem o sabor do céu...
beijinhos das nuvens
Quanta beleza e refugio aqui...
Amo suas palavras!
Retribuindo visita!
Belo texto.
Voltarei.
beijooo.
Viagens do ser, estampadas na nostaligia da beleza.
Bjs meus
Maravilhoso !!!
É tudo tão lindo de se ler.
beijos
Xi
Quanta profundidade e sentimento...
Nesse mundo saturado de lógica e razão... você proporciona um oásis de emoção...
Ao mesmo tempo, transmites palavras libertadoras... ah, como seria bom, me libertar, contigo !
Beijos, encantadora menina.
Que belo!
Texto de uma sensibilidade tamanha,lindo mesmo!
Parabéns^^
Postar um comentário