Interroguei o verão que se fazia e que se foi e deixou o inverno.
Interroguei o verso. Virei tudo do avesso.
Revirei as gavetas. Indaguei os cometas.
Procurei as onças e os animais selvagens em que cavalgava.
Perguntei por que eles me deixaram. Eu os amava.
Fui ao mar. Respirar. Atingir. Mergulhar.
Fui além da arrebentação. Fui entender essa outra dimensão.
A dimensão que leva o feliz e traz o triste.
Entender como se ora é céu, ora é inferno. Ora é verão, ora é inverno.
Alma. Corpo. Espírito. Coração.
Por que certos órgãos, psicológicos e sentimentos não ficam nunca em concordância?
Indagações de criança.
Li os científicos. Só entendi na poesia.
Esperança ainda tinha.
Volte dia para a minha retina. Quebre a rotina.
Devolva-me a esperança. Dá-me coragem de entrar na dança.
Lampeiro. Fugaz. Efêmero.
Dia de verão que se é feliz, por um triz.
Daniella Paula
9 comentários:
Senti o calor emanando do teu texto!
beijos e borboleteios
Vim agradecer a visita, deixar um abraço e desejar um lindo domingo...
Daniela me identifiquei muito com suas palavras. Um viagem fascinante. Quando puder visite o meu blog também. Parabéns pelo seu dom e principalmente pela essência da sua alma.
é sempre gratificante te ler. quem dera tivesse mais tempo...
Senti-me ao avesso ao ler!
Lindíssimo texto!
Deixo aqui um abraço carinhoso
e meu desejo de que tenhas um belo final de semana!
"Por que certos órgãos, psicológicos e sentimentos não ficam nunca em concordância?
Indagações de criança."
E elas são sábias.
Parabéns Dani.
buscando o infinito no finito. O tempo não se dobra, não se gasta.
Fugir do real é enfeitar a realidade?
Entre o dia do parto e do fim, todos os dias são meus.
Meu caminho é de pedra. Estou de joelhos. como posso sonhar?
me quiseram rastejando. levantei-me.
Aprendi a escutar o tempo, e soltar a vóz.
Há tempo de plantar e tempo de colher(3,3 eclesiastes).
O que passou não conta?
O passado é o presente, interiorizaram as idéias dominantes, que naõ percebem o que pensam,mas não podem apagara memória. Ou podem?
Deixarei que morra o desejo destes lábios seus colados nos meus...
Nada poderei te dar, se não a magoa de me veres exusto!
Ficarei só, mas te possuirei, os lamentos serásua vóz!
Poetizar é não revelar tudo a todos; de mistérios precisamos para viver.
As analogias que faço é para preservar-me nas figuras que criei.
A censura que me faço desfaço na sensualidade da natureza que transforma. Não me nego a pensar e a sentir.
Sentindo a brisa que balança este vestido, fazendo pecar o pensamento corro para o papel rascunhar porque escrever é estar fora de si. me percebo na ilusão por alguns momentos, e a ilusão faz parte da grandeza na soma de prazeres.
O pão e circo romano apresenta o show completo é só ligar a televisão
Que tenhas uma nova semana muito feliz!
Um abraço
onde anda a daniela? que não tem escrito.
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